domingo, 1 de maio de 2011

Desmascarando o Espiritismo - Parte 3


IV. JOÃO BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO?
Dirigindo-se a Jesus, perguntaram-lhe os seus discípulos: – “Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então Jesus respondeu: – De fato Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram… Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista” (Mt 17:10-13).
3.1. Opinião Espiritista
Prevalecendo-se do literalismo destas passagens, escreveu Allan Kardec: “A noção de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente nos acima citados. Se tal crença fosse um erro, Jesus não a deixaria de combater, como fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com sua autoridade…” “É ele mesmo o Elias, que havia de vir”. Aí não há nem figuras nem alegorias; é uma afirmação positiva” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, pags, 25-27).
4.2 Objeção Bíblica
Um dos conceitos de hermenêutica mais conhecido é aquele que diz que a Bíblia interpreta-se a si mesma. Portanto, somos impedidos de lançar mãos de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar o mais simples dos seus ensinos. A bíblia mesma dá respostas às suas indagações. À pergunta: – João Batista era Elias encarnado ou não? Ele mesmo responde a esta indagação, dizendo: – “Não sou” (Jo 1.21).
Sobre João Batista, diz Lucas 1:17: “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto”. Isto não quer dizer que João fosse Elias, mas que no seu ministério haveria peculiaridade do ministério de Elias. De fato, A Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens, cujos ministérios tenham tanta semelhança como João Batista e Elias. Embora o refrão popular: “Tal pai, tal filho”. Isto não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a reencarnação do outro, mas sim, que existem hábitos comuns entre ambos.
2. 3. Cinco Pontos a considerar
Dentre as muitas razões pelas quais cremos que João Batista não era Elias reencarnado, queremos citar as seguintes:
• Os judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lc 9:7-8).
• Se os judeus realmente acreditassem que João era Elias reencarnado e não ressuscitado, não teriam noutra oportunidade admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. João Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por cerca de trinta anos, não podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado, ao mesmo tempo (Lc 9:7-9).
• Se reencarnação é o fato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Fica claro assim que João Batista não era Elias, já que este não morreu, pois foi arrebatado vivo ao céu (II Rs 2:11).
• Se João Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso teria sido ele mesmo e não os judeus ou os espíritas. Àqueles que lhe perguntaram: – És tu Elias?”, ele respondeu desembaraçadamente:-” “Não sou”. (Jo 1:21)
• Se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés e Elias (Mt 17:18).
Fica mostrado, portanto, que a Bíblia não apóia a absurda teoria espiritista da reencarnação. Até mesmo os chamados “fatos comprovados” da reencarnação, apresentados pelos advogados do espiritismo, na verdade não comprovam coisa alguma.
V. A INVOCAÇÃO DE MORTOS
Reencarnação e invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda a fraude espiritista. Se ambas puderem ser removidas, o espiritismo ruinará irremediavelmente.
5.1. O que a Bíblia Diz.
Aos hebreus que saíram do Egito e se aproximavam de Canaã, por intermédio de Moisés, disse o Senhor Deus:
“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem que consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora diante dele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus. Porque nações, que hás de possuir, ouvem os prognasticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa” (Dt 18:9-14).
Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro O céu e o inferno, aduzem Allan Kardec: “… Moisés devia, pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem Ter semelhança e pontos de contatos com o inimigo”.
5.2. Deus Condena a Invocação de Mortos.

Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus, por razões simplesmente políticas, como afirma Allan Kardec atesta a completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras Sagradas.
A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com os mortos. Prova apenas que havia consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. As práticas de tais consultas aos mortos, sempre existiram embustes, mistificações, mentiras farsas e manifestações de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos demoníacos, espíritos enganadores, manifestam-se, identificando-se com pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços. São espíritos que se prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás.
O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À lei e o Testemunho! Se eles não falarem segundo estas palavras, nunca verão a alva” (Is 8:19-20).
5.3. Estado dos Mortos. 
O testemunho geral das Escrituras é que os mortos devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada que se faz e acontece na Terra. Consulte os seguintes textos: Eclesiastes 9:5-6; Salmo 88:10-12; Isaías 38:18-19; Jó 7:9-(10).
Nenhum dos textos bíblicos mencionados contradiz a esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e perdição eterna. Os citados textos mostram, sim, que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar à vida de outrora, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda estão na Terra.
Continua ...

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