segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desmascarando o Espiritismo - Parte 4


VI. SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR
(Antes de prosseguir, tome a sua Bíblia abrindo-a no capítulo 28 de I Samuel. Leia todo esse capítulo e em seguida volta à leitura deste livro).
Concluída a leitura desta porção das Escrituras, vem à mente pergunta, tais como: É ou não possível comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas? Foi ou não Samuel quem apareceu na sessão espírita da En-Dor? Muitas respostas poderiam ser dadas aqui, como por exemplo: A assembléia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasião. Essa também era a opinião de alguns dos mais destacados líderes da Igreja dos primeiros séculos, entre eles, Justino Mártir e Orígenes. Já Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam que um demônio apareceu em forma de pessoa, personificando Samuel.
6.1. Análise do Caso.
Até mesmo uma despretensiosa análise de I Samuel 28, mostra com clareza meridiana que um espírito de engano, e não Samuel foi quem apareceu na sessão espírita de En-Dor. Dentre as muitas provas contra a opinião de que Samuel apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes:
a) Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não iria permitir que seu fiel servo viesse a se tornar parte duma prática que o próprio Deus condenou (Dt 18:9-14).
b) Após informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei.
c) Se fosse Samuel que tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso, se Deus e não Saul lhe tivesse ordenado; nem dizendo que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vv. 15-16).
d) Saul mesmo disse que Deus não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (vv. 6,15), pelo que Deus, no último momento,
• Não teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelação;
• Não teria entrado em contradição com sua Palavra que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (Jó 7:9-10; Ec 9:5-6; Lc 16:31);
• Não teria criado a impressão de que tentar entrar em contato com os mortos não é mau como antes Ele mesmo dissera ser (Dt 18:9-14);
• Não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita à médium (I Cr 10:13).
e) Saul disse à médium a quem deveria chamar.
De acordo com o estudo dos fenômenos psíquicos, a médium teria lido na mente de Saul qual seria a aparência de Samuel, e a descrevera como Saul costumava vê-lo.
f) a médium temeu porque:
• Em seu transe ela reconheceu Saul (v. 12) que era conhecido como inimigos das práticas espiritistas; ou.
• Ela viu um espírito adejando por cima da aparição que com “prodígios de mentira”, se fazia passar por Samuel.
g) Saul mesmo não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, foi que ele mesmo supôs que a personagem descrita era Samuel.
h) Quanto à profecia abordada durante a sessão em En-Dor, J. K. Van Baalen, no seu livro O Caos das Seitas, dá as seguintes possibilidades:
• A mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse;
• A mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (I Sm 15:15, 18), que vinha perseguindo Saul (I Sm 16:2; 20:31, etc.), pelo que lhe disse que ele esperava ouvir;
• Se um demônio se fazia passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher Ter-se-ia lembrada da profecia de Samuel, fazendo uso dela.
i) Não era necessário que alguém fosse perito ou estrategista em guerras para prever a derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus. Em todos os tempos o salário do pecado é a morte. No capítulo 15 de I Samuel, a questão dessa guerra já havia sido levantada bem antes de Saul consultar a médium.
j) A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.
5.2. Profundezas de Satanás
A melhor maneira de se definir o espiritismo é chamá-lo de “Profundezas de Satanás” (Ap 2:24). Assim devemos Ter sempre em mente os fatos que mostram que Satanás:
• É pai da mentira (Jo 8:44).
• Sabe imitar a realidade com os seus embustes (Êx 7:22; 8:7);
• Se transforma em anjos de luz (II Cor 11:14);
• Tem o poder de operar milagres (II Tes. 2:9).
Aqueles que se envolvem com o espiritismo estão sob as malhas da rede de Satanás, correndo o perigo de jamais se libertarem dela.
VI. PODEM OS MORTOS AJUDAR AOS VIVOS?
Para saber se os mortos podem ajudar ou não os vivos, leia a história do rico e Lázaro, contada por Jesus no Evangelho de Lucas 16:19-31. Precisamente os versículos 22 23, dizem: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E o Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio”.

7.1. Um Quadro Contrastante
Veja que contraste: Lázaro morre e é levado ao Paraíso de Deus, enquanto que o rico, ao morrer, é lançado no inferno de horror, donde em agonia, clama: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (v. 24).
Naquele instante de extrema dor e sofrimento, um pequenino favor de Lázaro seria suficiente para amenizar o sofrimento daquele infeliz; porém, o pai Abraão respondeu: “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá parar para cá” (vv. 25-26).
7.2. Algumas conclusões Desta Passagem.
Feita uma análise desta passagem, as conclusões a que chegamos são:
a) A vida no porvir será uma conseqüência natural da vida que viveu aqui na terra: Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o Paraíso, enquanto que os homens ricos, vaidosos e indiferentes às necessidades dos outros, morreu e foi levado para o inferno de trevas e sofrimento.
b) O lugar onde serão lançados os perdidos será um lugar de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento dos espíritos.
c) Se o homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape após a morte, como admite o espiritismo, o Evangelho de Cristo deixa de ser o que é, enquanto que o sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual já se teve notícia.
d) Se um falecido pudesse, de alguma forma, ajudar os seus antes queridos vivos, o rico não teria rogado a Abraão que enviasse Lázaro ou dos mortos à casa dos seus irmãos, afim de adverti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isto.
e) Se fosse possível que o espírito dum falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que Lázaro, um dos mortos, ou o próprio homem rico exercesse influência junto aos parentes deste.
f) Tudo quanto o homem precisava conhecer concernente, à salvação e à vida eterna acha-se exarada nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apóstolos do nosso Senhor Jesus Cristo.
Toda revelação divina escrita encerra-se nas seguintes palavras de Jesus Cristo: “Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar alguma coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro” (Ap 22:18019).
Assim, os chamados “bons ensinamentos” dos espíritos dos mortos, defendidos pelo espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios, pois apresenta-se nova fonte de revelação, em detrimento da verdadeira revelação de Deus – a Bíblia Sagrada.
VII. DE DEUS NÃO SE ZOMBA
Correm grandes perigos as pessoas que se dão às tristes aventuras e experiências espiritistas. Para ilustrar isto, usaremos a história do bispo episcopal, James A. Pike, envolvendo a morte do seu filho Jim, e o relacionamento de ambos com o espiritismo. Esta história foi publicada no Anuário Espírita de 1971. Reportam-nos a ela como meio de oferecer-lhe, leitor, subsídios no combate ao erra espiritista, e para advertir aqueles que se estão deixando iludir por esses ensinos de demônios.
7.1 – A TRÁGICA MORTE DE JIM
Pike tinha um único filho, Jim, belo e culto rapaz. Em 1966, pai e filho encontravam-se na Inglaterra, em Cambridge. Jim decidiu voltar aos Estados Unidos. Voou para Nova Yorque, e ali, no seu quarto de hotel, matou-se com um tiro. Jim tinha dificuldades em se relacionar com as pessoas. Era arredia mesmo em relação ao pai, e, por ironia, só depois da morte, através de médiuns americanos e Ingleses, teria conseguido, segundo o relato, comunicar-se com Pike. Jim tinha 22 anos, sua morte arrasou o pai. Tudo era mais dramático porque, por incrível que possa parecer, Pike não cria na vida após a morte. Ele fora seminarista e se desiludira com o catolicismo; mesmo com bispo episcopal, sua situação era embaraçosa: sem admitir os dogmas da religião, via-se constantemente atacado e não poucas vezes taxado de herege.
7.2 – COISAS ESTRANHAS COMEÇAM A ACONTECER
Após os funerais do filho, nos Estados Unidos, Pike voltou com seus problemas para Cambridge. No quarto do hotel onde antes estivera com o filho, coisas estranhas começaram a acontecer; roupas eram atiradas dos armários, livros moviam-se das estantes, etc.
Como qualquer pessoa que se envolve com o espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na vida. Em lugar de normalizar a sua situação com Deus, saiu à procura de alguém que pudesse explicar tais fenômenos. Foi assim que, com a ajuda de amigos, entrou em contato a médium inglesa Ena Twigg. Uma sessão foi marcada e Pike teve o primeiro contato com aquele que julgou ser o espírito do seu filho Jim. O espírito dizia: “Tenho sido tão infeliz!” Instado pelo pai, respondeu que não acreditara em Deus como uma pessoa, mas que, agora, acreditava na eternidade.
Acrescenta o Anuário: “Além disso, o rapaz exortou-o a prosseguir em suas pesquisas e predisse que o pai abandonaria sua igreja. Pike mostrou-se constrangido, mas Jim insistiu:” “Você fará”. Isto ocorrerá no dia 1º de agosto.
7.3 – Pike DEIXA A IGREJA
Logo após voltar à América, Pike entrou em contato com o médium americano Arthur Ford, com o qual participou do programa de televisão. No citado programa, Ford ficou em transe, transmitiu mensagens que ele, serem de Jim e Pike. O programa produziu tão grande escândalo, que deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro reboliço. A igreja Episcopal protestou e Pike resolveu deixá-la.
Não muito depois da morte de Jim, após ingerir forte dose de barbitúricos, morre à senhora Marem Bergrud, secretária de confiança de Pike. Ela sofria de câncer. Certos dias, estando ela melhor de saúde, os espíritos segredaram-lhe ao ouvido que, se pusesse fim a sua vida, poderia perpetuar aquele estado. Foi o que ela fez. Com a morte do filho e agora da secretária, Pike ficou quase arrasado, mesmo assim continuou buscando fenômenos relacionados com o além-túmulo.
7.4 – O OUTRO LADO
Pike juntou todo o material das sessões espíritas das quais havia participado, e escreveu o livro O OUTRO LADO. Pike foi presa fácil, caindo sob armadilha do espiritismo sem nenhuma resistência. Ao abandonar a Igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudos psíquicos, num dos seus diálogos com o suposto espírito e Jim, indagou se o filho ouviria falar de Jesus, ao que ele respondeu: – “Meus mentores dizem: -” “Jim, você ainda não está em condições de compreender”. Eu não encontrei, mas todos falam a respeito dele como um místico, um vidente. Eles não o mencionam como o salvador, mas como um exemplo. Você compreendeu? Eu preciso dizer-lhe: Jesus é triunfante. Você não pode me pedir que lhe diga o que ainda não compreendo. Ele não é o salvador, isto é muito importante, mas um exemplo”. Acrescenta o Anuário: “… agora Pike julga-se um cristão autêntico”.
7.5. A Lei da Semeadura e da Colheita.
Pike partiu para a Palestina a fim de fazer uma pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos próprios lugares por onde Jesus andou e exerceu o seu ministério. A bíblia já não valia coisa alguma. Jesus, o Cristo o Filho de Deus, não passava de um místico, um vidente, nada mais que isto. Ali aconteceu o que certamente ele não previra: no dia 7 de setembro de 1969 o seu corpo foi achado sem vida, quase que completamente encoberto pela areia dos desertos próximos do mar Morto.
Vale a pena lembrar e citar as palavras do apóstolo Paulo, quando diz: “não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6:7-8).

Continua ...

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