sábado, 30 de abril de 2011

Desmascarando o Espiritismo - Parte 2


III. A TEORIA DA REENCARNAÇÃO
A teoria da reencarnação se constitui no cerne de toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá subsistir. Sobre este assunto, escreveu Allan Kardec: “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição… A reencarnação é à volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo” (O Evangelho Segundo o Espiritismo).
2. 1. A BÍBLIA NEGA A REENCARNAÇÃO
A Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra “reencarnação”, tampouco a confunde com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário Escolar da Língua Portuguesa, da Francisco da Silveira Bueno, “Reencarnação é o ato o u efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a palavra” “ressurreição”, no grego, é “anastasis” e “égersis”, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra.
No latim, “ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo, após a morte física.
3. 2. Ressurreição na Bíblia

No decorrer de toda a narrativa bíblica, são mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno, final – o de Jesus. Este foi diferente, porque foi ressurreição para nunca mais morrer, não somente pelo fato de ele ser Jesus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se ele o primeiro da ressurreição real (I Cor 15:20-23).
A expressão “ressurreição dentre os mortos” , como em Lucas 20:35 e Filipenses 3:11, implica numa ressurreição da qual somente os justos participarão. Os participantes da verdadeira ressurreição não mais morrerão (Lc 20:36). A dita expressão é tradução correta do original. A palavra “dentre” indica que os mortos ímpios continuarão sepultados quando os santos ressurgirem.
Os sete outros casos de ressurreição na Bíblia, por ordem, são: a) o filho da viúva de Serépta (I Rs 17:19-22); b) o filho da sunamita (II Rs 4:32-35); c) o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (II Rs 13:21); d) a filha de Jairo (Mc 5:21-23,35-43); e) o filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17); f) Lázaro (Jo 11:1-46); g) Dorcas (At 9:36-43).
O caso da ressurreição de Jesus, que, como já dissemos, é diferente, acha-se registrado em Mateus 28:10-10; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-12; João 20:1-10 e I Corintos 15:4, 20-23.
Quanto à ressurreição propriamente dita, escreve Allan Kardec: “A ressurreição implica na volta da vida ao corpo já morto – o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos”.
É evidente que esta teoria de Allan Kardec não pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e não nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreição dos mortos. Não vem ao caso citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem levados à sepultura. Vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados: Lázaro e Jesus.
3.2.1 Lázaro.
O testemunho de João capítulo 11 é que Lázaro:
a) Estava morto (vv. 14, 21, 32,37);
b) Estava sepultado já havia quatro dias (vv. 17,39);
c) Já cheirava mal (v. 39);
d) Ressuscitou ainda amortalhado (v. 44);
e) Ressuscitou com o mesmo corpo e coma mesma aparência, que possuía antes de morrer (v. 44).
1.2.1 Jesus.
O testemunho da Escrituras quanto à morte e ressurreição de Jesus Cristo, é que:
a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19:33).
b) José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19:38-42).
c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24:6).
d) Mesmo depois de ressuscitado, ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24:39; Jo 20:27).
1.3. Uma teoria Absurda.
Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria da reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a versão bíblica do padre Antônio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 do citado capitulo de João: “Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que renascer de novo” (o grifo é nosso), quando o versículo naquela versão é escrito da seguinte forma: “Na verdade, na verdade, te digo, que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo” (o grifo é nosso).
“Renascer” já significa nascer de novo, enquanto que “renascer de novo” se constitui numa intolerável redundância, mas não sem próprio por parte do espiritismo que por tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnação tem fundamento na Bíblia.

Continua...

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