III. A TEORIA DA REENCARNAÇÃO
A teoria da reencarnação se constitui no cerne de toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá subsistir. Sobre este assunto, escreveu Allan Kardec: “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição… A reencarnação é à volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo” (O Evangelho Segundo o Espiritismo).
2. 1. A BÍBLIA NEGA A REENCARNAÇÃO
A Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra “reencarnação”, tampouco a confunde com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário Escolar da Língua Portuguesa, da Francisco da Silveira Bueno, “Reencarnação é o ato o u efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a palavra” “ressurreição”, no grego, é “anastasis” e “égersis”, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra.
No latim, “ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo, após a morte física.
No latim, “ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo, após a morte física.
3. 2. Ressurreição na Bíblia
No decorrer de toda a narrativa bíblica, são mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno, final – o de Jesus. Este foi diferente, porque foi ressurreição para nunca mais morrer, não somente pelo fato de ele ser Jesus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se ele o primeiro da ressurreição real (I Cor 15:20-23).
A expressão “ressurreição dentre os mortos” , como em Lucas 20:35 e Filipenses 3:11, implica numa ressurreição da qual somente os justos participarão. Os participantes da verdadeira ressurreição não mais morrerão (Lc 20:36). A dita expressão é tradução correta do original. A palavra “dentre” indica que os mortos ímpios continuarão sepultados quando os santos ressurgirem.
Os sete outros casos de ressurreição na Bíblia, por ordem, são: a) o filho da viúva de Serépta (I Rs 17:19-22); b) o filho da sunamita (II Rs 4:32-35); c) o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (II Rs 13:21); d) a filha de Jairo (Mc 5:21-23,35-43); e) o filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17); f) Lázaro (Jo 11:1-46); g) Dorcas (At 9:36-43).
O caso da ressurreição de Jesus, que, como já dissemos, é diferente, acha-se registrado em Mateus 28:10-10; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-12; João 20:1-10 e I Corintos 15:4, 20-23.
Quanto à ressurreição propriamente dita, escreve Allan Kardec: “A ressurreição implica na volta da vida ao corpo já morto – o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos”.
É evidente que esta teoria de Allan Kardec não pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e não nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreição dos mortos. Não vem ao caso citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem levados à sepultura. Vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados: Lázaro e Jesus.
3.2.1 Lázaro.
O testemunho de João capítulo 11 é que Lázaro:
a) Estava morto (vv. 14, 21, 32,37);
b) Estava sepultado já havia quatro dias (vv. 17,39);
c) Já cheirava mal (v. 39);
d) Ressuscitou ainda amortalhado (v. 44);
e) Ressuscitou com o mesmo corpo e coma mesma aparência, que possuía antes de morrer (v. 44).
a) Estava morto (vv. 14, 21, 32,37);
b) Estava sepultado já havia quatro dias (vv. 17,39);
c) Já cheirava mal (v. 39);
d) Ressuscitou ainda amortalhado (v. 44);
e) Ressuscitou com o mesmo corpo e coma mesma aparência, que possuía antes de morrer (v. 44).
1.2.1 Jesus.
O testemunho da Escrituras quanto à morte e ressurreição de Jesus Cristo, é que:
a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19:33).
b) José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19:38-42).
c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24:6).
d) Mesmo depois de ressuscitado, ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24:39; Jo 20:27).
a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19:33).
b) José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19:38-42).
c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24:6).
d) Mesmo depois de ressuscitado, ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24:39; Jo 20:27).
1.3. Uma teoria Absurda.
Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria da reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a versão bíblica do padre Antônio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 do citado capitulo de João: “Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que renascer de novo” (o grifo é nosso), quando o versículo naquela versão é escrito da seguinte forma: “Na verdade, na verdade, te digo, que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo” (o grifo é nosso).
“Renascer” já significa nascer de novo, enquanto que “renascer de novo” se constitui numa intolerável redundância, mas não sem próprio por parte do espiritismo que por tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnação tem fundamento na Bíblia.
“Renascer” já significa nascer de novo, enquanto que “renascer de novo” se constitui numa intolerável redundância, mas não sem próprio por parte do espiritismo que por tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnação tem fundamento na Bíblia.
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